sábado, 13 de agosto de 2011

— Você devia ter corrido atrás de mim, sei lá, feito alguma coisa pra eu não desistir. Eu me arrependo tanto.
— Eu corri sim senhor.
— Por que eu desisti então?
— Você ainda ficou bravo e disse que eu estava atrapalhando…
— Eu não disse isso, se disse, não lembro. A verdade é que eu quero tantas coisas e, por querer demais, eu acabo sem nada nem ninguém. Será que isso é errado? Querer muitas coisas? Essa impossibilidade é ruim, amigo. Assim as coisas ficam tristes. E outra, eu tô precisando de um renovo. Não quero voltar atrás, não é isso. Não quero correr atrás do tempo perdido porque sei que vou encontrar. Apesar de sentir falta do “antes”, voltar é chato. Eu quero as coisas de antes, mas agora, entende? Não sei se você entende. Até eu tô confuso agora, tô triste também. Mas me ajuda? Já chorei muito e não quero mais. Chorar também é chato, ainda mais sozinho. Tá, eu sei que você tentou uma vez, mas tenta de novo? Não desiste, vai ser difícil, eu sei e você também tem que saber. É que eu só preciso que alguém que discorde de mim quando eu pedir pra se afastar. Você me entende, não entende?

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