quarta-feira, 31 de agosto de 2011



Tentava escrever em versos, achar rimas, ter reticências e palavras bonitas. Tentava por tudo em linhas, pegar teu coração engasgado e faze-lo bater no antigo compasso através de frases, desabafos e estrofes lindas. E escrevia sem saber, chorava sem porque, sorria e desvanecia seu pranto em poesia. Menina bonita, pródiga escritora, e quase-feliz. Era apenas mais um trecho de vida jogada em ruelas sem fim. E lia, ria, sofria, escrevia. E chorava, amava, dançava e se escondia nas palavras jogadas que retratavam sua vida incessante e mal vivida. Ah menina, que vives de letras jogadas em papéis quase-rasgados, quase-amarelados, quase-acabados, bem-escritos.  Ah menina, que vives de ar e mata teu fôlego no mar de versos conturbados, jogados, velhos, bonitos, rimados, reticentes e engasgados assim como seu peito se fazia…

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