sexta-feira, 12 de agosto de 2011



Com os dias mais longos, um ano se passou. Mal se percebe a noite passar, pois com um piscar de olhos ela passa. Mas não há nada novo, nada que se possa contar de feliz. A mesma infelicidade de um ano atrás permanece, as mesmas lágrimas, o mesmo motivo. Afinal, vendo desse jeito, um ano não é tanto tempo assim. E passa rápido, o tempo corre. Ele não se importa se você está vivendo, se está feliz ou triste; ele só passa. E você continua ali, com as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Sentindo falta de ar, e seu peito se apertando tanto, que parece que seu coração em breve será comprimido… Mas espera, que coração? O mesmo foi roubado há tempos. Seu peito agora está vazio, e onde havia o coração, agora há apenas algo de ferro que bate, já começando à enferrujar. Logo precisará de um novo, mas não me importo. Eu não quero algo novo, eu não quero algo velho; eu não quero nada. Quero apenas acordar e perceber que tudo não se passou de um pesadelo. Um longo pesadelo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário